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A CIDADE : IMAGENS

A Cidade: Imagens 

Tese de dissertação de mestrado -  Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, USP - 1981
Orientador: Prof. Dr. Julio Roberto Katinsky

Nas pranchas 1, 2, 3, 4, 5, grandes profundidades se estabelecem através de um contraponto entre os primeiros planos e o horizonte que fecha a composição. Definem-se assim as passagens sucessivas de planos, desde o fundo dos vales até os espigões. Essas passagens vão sendo estruturadas através de muros, escadas, rampas e ladeiras, sequências de casas e massas de vegetação, pontilhadas às vezes de vazios, verdadeiros buracos na paisagem. Ao longe, a malha de planos ortogonais formada pelos grandes edifícios, em algumas pranchas, domina totalmente a linha do céu; em outras, deixa entrever áreas menos densas ou mesmo algum relevo natural intacto, reminiscência de sítios ainda não ocupados. (prancha 2) 

Nesses desenhos a figura humana comparece reforçando a escala e caracterizando espaços. 

As pranchas 6 e 7 contém referências mais específicas ao centro da cidade, o velho centro.

Segue-se uma série de três desenhos (pranchas 8, 9 e 10) em que procurei trazer remanescentes de estabelecimentos industriais antigos, alguns em tijolo aparente, às vezes ainda em funcionamento, incrustados na malha urbana e cuja presença marca profundamente alguns espaços da periferia ou mesmo outros próximos dos centros, testemunhos eloquentes de formas de organização de atividades próprias dos primeiros decênios do século e provas irrefutáveis de resistência ao crescimento desordenado e de caráter nivelador.

Por último o quarto grupo de paisagens (pranchas 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17), onde  trabalhei o tema : relação homem/cidade

Técnica :
“...Usei tintas à base de corantes, pincéis, penas de várias espessuras, água e, sobretudo, muita vontade. Usei e abusei das aguadas, pintei céus laranjas, roxos ou agressivamente azuis. Frequentemente usei a cor como expressão. Quase nunca pretendi reproduzir as paisagens com fidelidade de um registro fotográficos ou caracterizar locais específicos, salvo algumas exceções (prancha 9)...“

Texto: Odiléa Helena Setti Toscano, 1981 - Dissertação de Mestrado FAU/USP